sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E se os campeonatos europeus acabassem hoje?

Cada uma das sete principais ligas do velho continente têm suas gratas surpresas de início de temporada. É bem verdade que muitas delas provavelmente não consigam manter o desempenho até o fim das competições, mas por outro lado, dão mais competitividade e brilho aos jogos e há quem se delicie com as projeções e os famosos ''cavalos paraguaios''. Na Inglaterra, o atual campeão Chelsea vive uma crise, sem encontrar as vitórias que um dia foram costumeiras. Mesmo problema passa a Juventus, no Campeonato Italiano, após perder três do seus principais jogadores. Na Espanha, Real Madrid e Barcelona não terão vida fácil como em outras épocas e na Holanda a volta de um ídolo pode significar o ressurgimento de um gigante.

O post de hoje serve única e exclusivamente para brincar com aquela velha indagação entre amigos no bar. Seja um time pequeno na liderança, um time grande na zona de rebaixamento ou um atacante não tão matador assim que desanda a fazer gols...Todos são ingredientes que preenchem a pergunta. Afinal, e se o campeonato acabasse hoje?

CAMPEONATO INGLÊS: A dulpa dinâmica do Leicester

Riyad Mahrez e Jamie Vardy: de desconhecidos a sensação
do futebol inglês./ Foto: express.co.uk
Retornar à Premier League (primeira divisão) e como campeão da Championship (segunda divisão) já era motivo de alegria para os torcedores do Leicester. A festa aumentou com a permanência na elite. Mas a cereja do bolo é a temporada 2015/16. Em julho, o clube fechou um acordo de três anos com o consagrado técnico italiano Claudio Ranieri. Junto com o novo comandante, chegaram sete novos jogadores. Dois saíram. Os Foxes fecharam o período de contratações com um gasto de 31 milhões de euros.

Apesar do investimento, a solução para as vitórias já estava no elenco do Leicester na temporada passada. A dupla Riyad Mahrez e Jamie Vardy vem chamando muita atenção na terra da Rainha. Para se ter uma ideia do crescimento de produtividade, os dois praticamente dobraram a quantidade de gols marcados em relação a 2014/15. Se no ano anterior o centro-avante inglês anotou míseros cinco gols em 36 jogos, na atual são 11 em 11 partidas. Já o argelino, precisou de 32 jogos para balançar as redes apenas em quatro oportunidades. Com o bom momento, Mahrez fez sete gols nos mesmos 12 jogos que Vardy.

Além da dupla, Claudio Ranieri ainda tem bons valores individuais como o goleiro dinamarquês Kasper Schmeichel, filho do também goleiro e lenda Peter Schmeichel, os recém chegados Christian Fuchs Robert Huth e Shinji Okazaki. Com 64 anos e bastante bagagem no futebol, o italiano tem apenas uma derrota em 18 aparições e mostra ser capaz de extrair o talento de seus atletas. Assim, ele manda a campo um time sem nomes badalados mas capazes de apresentar efetivo. O problema ainda é o sistema defensivo. Apesar da terceira posição na tabela, a equipe tem a sexta pior defesa, com 19 gols sofridos em 11 jogos.

CAMPEONATO ESPANHOL: Rivais à altura de Real e Barça

Nolito e Iago Aspas comandam as principais ações
ofensivas do Celta de Vigo./ Foto: EFE
A imprensa espanhola já projetava que a edição de 2015/16 seria a mais disputada dos últimos anos. É claro que ninguém espera um campeão diferente de Barcelona ou Real Madrid. Talvez o Atlético, mas é pouco provável. O fato é que desta vez os jornais espanhóis estavam certos. Os gigantes da capital e Catalunha ainda não têm rivais a altura, mas encontram times bem montados, com futebol bonito e duro de serem batidos.

O Barcelona que o diga. Ainda com Lionel Messi em campo, os Culés foram goleados pelo Celta de Vigo por 4 a 1. Em sua terceira temporada na equipe, Nolito está cada vez melhor. Além dos gols, o jogador dá velocidade e intensidade à equipe. A volta do espanhol Iago Aspas para fazer companhia no ataque, a consolidação dos chilenos Fabián Orellana e Pablo Hernández no meio de campo e a contratação do meia dinamarquês Daniel Wass dividem com Nolito os méritos do grande momento dentro de campo. Fora dele a diretoria manteve o técnico argentino Eduardo Berizzo depois de um bom 2014/15 e tem uma filosofia de jogo bem definida: ofensiva, jogo vertical, com trocas de passes, aproveitando os lados do campo e pressão ao sistema defensivo adversário. Hoje, no Campeonato Espanhol dos ''normais'', o Celta é o líder, na classificação geral, o terceiro, atrás de Real Madrid e Barcelona.

Outro que merece destaque é o Villarreal. O Submarino Amarelo ficou três jogos sem vitórias (derrotas para Levante e Celta de Vigo e empate diante do Las Palmas) e desanimou um pouco sua torcida. Até porque eram três partidas nas quais o time que quer ser campeão precisa vencer. Dois adversários na zona de rebaixamento e um confronto direto em casa não podem atrapalhar um elenco que sonha alto. A redenção veio na última rodada quando o time de Marcelino Garcia Toral bateu o Sevilla em casa por 2 a 1.

O destaque é a mescla entre jovens e veteranos. Em sua décima temporada no clube que o revelou, Bruno Soriano dá experiência e segurança ao meio de campo com seus 31 anos. Ao seu lado, Manu Trigueros e Jonathan dos Santos, com 24 e 25, respectivamente, se mostram maduros e contribuem para o crescimento dos jovens Nahuel Leiva, de 19, Samu Castillejo, de 20 e Denis Suárez, de 21. Na zaga, a contratação do italiano Daniele Bonera (34 anos) é um plus para a formação do marfinense Eric Bailly (21), que tem potencial, mas ainda peca pela inexperiência, mostrando afobação em alguns momentos, cometendo faltas desnecessárias. No ataque, o brasileiro Léo Baptistão (23) pode aproveitar a companhia do artilheiro Roberto Soldado (30).

CAMPEONATO ALEMÃO: A troca salvadora no comando do Gladbach

O interino André Schubert assumiu o time para livrar os
Potros da degola./ Foto: dpa
Depois de uma excelente temporada 2014/15 que culminou na terceira colocação e classificação direta para Liga dos Campeões da Europa, o torcedor do Borussia Monchengladbach não imaginava que 2015/16 começaria de forma tão preocupante, mesmo com a perda de dois de seus pilares: o volante Christoph Kramer e o artilheiro Max Kruse. Cinco jogos, cinco derrotas. Sinal de alerta ligado e pedido de demissão do técnico Lucien Favre, que estava no cargo desde fevereiro de 2011.

Sem um nome definido a solução foi colocar o treinador do sub-23, André Schubert, como interino. E foi Schubert o grande responsável pela virada dos Potros. Nos seis jogos seguintes, seis vitórias e um salto da lanterna para o quarto lugar. Mais do que isso, a equipe desandou a fazer gols. Se na fase negra foram apenas dois, com o novo comandante foram 21, o que dá a incrível média de 3,5 por jogo. Embora o ataque esteja correspondendo, a defesa ainda fica exposta. Durante os seis resultados positivos, foram seis gols sofridos, o que deixa o Borussia como a pior defesa entre os dez primeiros.

O ponto forte do Monchengladbach é o meio campo. O recém chegado Lars Stindl começa a mostrar o bom futebol apresentado no Hannover. Meia de criação, o jogador chega bem na área para finalizar. O suíço Granit Xhaka dá qualidade ao ataque com bons passes e protege bem a defesa.

CAMPEONATO ITALIANO: O bom conjunto da Fiorentina

Treinador Paulo Sousa é o responsável pelo bom conjunto
da Fiorentina./ Foto: Getty/Gabriele Maltinti
Era evidente que a Juventus passaria por um baque inicial com a perda de três dos seus principais jogadores da última temporada. A atual campeã italiana, campeã da Copa da Itália e vice da Liga dos Campeões, não conta mais com Arturo Vidal, que foi para o Bayern de Munique, Andrea Pirlo, que está no New York City e Carlitos Tévez, que voltou ao Boca Juniors. Para repôr, o time de Turim trouxe a revelação argentina Paulo Dybala, o brasileiro Hernanes e o alemão Sami Khedira, que convive com lesões. Nenhum deles do mesmo quilate do poderoso trio que deixou os bianconeri. A queda de rendimento da Velha Senhora, abriu espaço para outros clubes almejarem o título e quem surpreende neste início de temporada é a Fiorentina.

A Viola lidera o Calcio, empatada com a Internazionale de Milão, que já não tem a mesma força de outras épocas. Durante as férias, mais precisamente em junho, o time de Florença não chegou a um acordo contratual com o então técnico Vincenzo Montella, que vinha fazendo bom trabalho. Para o seu lugar foi contratado o português Paulo Sousa que vinha de duas conquistas de nacionais, uma em Israel com o Maccabi Tel Aviv e uma na Suíça, com o Basel. Além do novo comandante, chegaram o atacante croata Nikola Kalinic, autor de seis gols na competição, o meia polonês Kuba, o volante e o meia espanhóis Mario Suárez e Joan Verdú,o zagueiro argentino Facundo Roncaglia, entre outros.

Com oito vitórias e três derrotas em 11 jogos, presume-se que a Fiorentina entra em campo para atacar e não se contenta com o empate. Diferente dos seus principais adversários, falta na Viola um craque, um jogador de respeito, por conta disto se sobressai o bom conjunto. A dupla argentina da zaga Rodríguez-Roncaglia, dois talentosos meias armadores, o esloveno Josip Ilicic e o espanhol Borja Valero e o revezamento dos atacantes croatas Nikola Kalinic, Ante Rebic e do senegalês Khouma Babacar dão consistência ao time. No último jogo pelo Campeonato Italiano, goleada por 4 a 1 sobre o Frosinone, com quatro jogadores diferentes marcando. Rebic e Babacar cumpriram seus papéis de atacantes. Suárez e Rodríguez além de defenderem contribuíram com dois tentos. O elenco ainda tem o jovem Federico Bernardeschi, formado no próprio clube, que em sua segunda temporada na equipe principal, ganha mais oportunidades.

CAMPEONATO FRANCÊS: Modesto Angers pode ser a pedra no sapato dos grandes?

Até quando dura a boa fase do Angers?/Foto: Getty Images
Todo clube que sobe da segunda para a primeira divisão adota o mesmo discurso: permanecer na elite. E, provavelmente, este era o do Angers, longe da Ligue 1 há 21 anos. Na janela de transferências, o clube contratou 10 jogadores sem contrato, ou seja, sem gastar um centavo. Além disso, faturou três milhões e duzentos mil euros com a venda de dois atletas, emprestou outros dois e perdeu quatro de graça. O saldo do clube até a décima segunda rodada do campeonato é positivo: terceiro lugar, empatado em número de pontos com o Lyon, vice-campeão da última edição e atrás do franco favorito Paris Saint Germain.

A defesa é a terceira menos vazada com nove gols sofridos. Lá na frente, a média de um gol marcado por jogo. É bem verdade que o Angers tem se aproveitado das campanhas fracas e irregulares de clubes com elencos mais talentosos. O Mônaco ainda não convenceu, o Olympique de Marseille dá sinais de que volta aos trilhos e somou sete pontos nos últimos três jogos, mas ainda é o décimo segundo. Já o Bordeaux, décimo quarto, continua sem consistência, com dois triunfos, duas derrotas e um empate nas últimas cinco partidas. Pouco para quem sempre entra na competição para brigar pelos primeiros lugares.

Na partida de hoje, a de abertura da décima terceira rodada, o Angers perdeu em casa para o Rennes. Particularmente, não acredito que o time tenha força para manter os bons resultados até maio do ano que vem. Creio que nem consiga beliscar uma vaga para os torneios europeus, mas é interessante ver novidades em um campeonato tão sem emoção quanto o francês. Surpresa maior que o pequeno clube incomodando lá na frente vai ser o PSG não terminar em primeiro com um plantel recheado de craques.

CAMPEONATO PORTUGUÊS: A polêmica decisão de Jesus

Jorge Jesus tenta repetir no Sporting a passagem vitoriosa no
maior rival, o Benfica./ Foto:
Perder um ídolo é sempre dolorido. Perder para o arquirival, é muito pior. Este foi o início de temporada em Portugal, mais precisamente em Lisboa. Mas o ídolo em questão na entra em campo. Depois de seis temporadas no comando do Benfica, o técnico Jorge Jesus decidiu assumir justamente o Sporting, clube que o revelou para o futebol como jogador. A troca pôs fogo na rivalidade. A direção dos Encarnados, apelido do ex-clube de Jesus, fez questão de retirá-lo do pôster de bicampeão português.

A polêmica teve ainda mais um capítulo e o mais emblemático até o momento. A primeira partida da temporada portuguesa vale o título da Supertaça de Portugal, que é disputada pelos atuais campeões do Campeonato Português e da Taça de Portugal e adivinhe quais clubes se enfrentaram? Se Jorge Jesus precisava dar alguma prova de seu comprometimento com os Leões, ele a deu rápido. Vitória por 1 a 0 e troféu conquistado.

O que surpreende é a adaptação do treinador ao novo clube. Em 22 jogos, foram 15 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas. O que pesa no retrospecto, é a importância dessas derrotas para um futuro próximo. Todas foram em competições internacionais: uma na fase de classificação para Liga dos Campeões da Europa que foi crucial para a eliminação precoce do Sporting e duas pela Liga Europa, que deixam a equipe em terceiro no grupo, precisando de bons resultados para avançar no torneio. Ao menos em terras portuguesas as coisas andam bem.

Líder do campeonato com cinco pontos de vantagem para o Porto, mas com um jogo a menos, o time de Jorge Jesus não desfruta do mesmo poder de investimento dos seus maiores adversários na busca pelo título (Porto e Benfica).Por isso quão melhor for o desempenho internacional, mais dinheiro em caixa e mais chances de acabar com um jejum de Campeonato Português, que dura treze anos. Técnico os sportinguistas têm.

CAMPEONATO HOLANDÊS: O matador está de volta.

Veterano Dirk Kuyt mostra o mesmo faro de gol de nove
temporadas atrás./ Foto: abola.pt
Na Holanda, quem vem dando o que falar na Eredivisie (primeira divisão) é o veterano Dirk Kuyt. Aos 35 anos, o camisa 7 do Feyenoord já anotou 11 gols em 11 jogos, além de outros dois marcados em duas partidas pela Copa da Holanda. O atacante é conhecido por ser bastante voluntarioso, tendo a atuado como ala direito e uma espécie de segundo volante, ajudando a marcação e dando qualidade no passe na transição defesa-ataque, em alguns momentos da seleção comandada por Louis Van Gaal na Copa do Mundo de 2014.

Depois de nove temporadas longe dos Países Baixos (6 no Liverpool e 3 no Fenerbahçe, da Turquia), Dirk Kuyt retornou ao clube onde viveu sua fase mais artilheira e mostra que ainda tem lenha para queimar e não perdeu o faro de gol. Contando com a primeira passagem pelo clube de Rotterdã, Kuyt chega a marca de 135 jogos e 96 gols. A presença do ídolo é importante para a reconstrução da equipe, que na temporada 2010/11, vivendo uma grave crise financeira, foi humilhada pelo PSV, em Eindhoven, por 10x0. Foi a maior derrota do tradicional clube holandês em toda a sua história e pior, para um rival.

Na tabela atual, o Feyernoord mostra que pode voltar a ser uma equipe vencedora. Depois de terminar a temporada 2014/15 na quarta colocação, 29 pontos atrás do PSV e 12 do Ajax (campeão e vice, respectivamente), Dirk Kuyt e companhia estão em segundo, três pontos atrás do rival de Amsterdã, que é justamente o próximo compromisso pelo Campeonato Holandês.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Não falta talento!

Dunga não vai comandar a Seleção Olímpica nos próximos
dois amistosos./ Foto: Getty Images
Nesta segunda feira, dia 28/09. Dunga convocou 22 atletas para os próximos amistosos da equipe sub-23, que vai ser comandada por Rogério Micale. Micale que foi vice-campeão mundial sub-20 com um time que ele não convocou. Nove atletas chamados atuam no exterior e eu não tenho dúvida de que eles poderiam ser substituídos por outros que estão disputando o Campeonato Brasileiro de 2015, numa hipotética relação de convocados que só jogam no país.
A lista de Dunga, divulgada no último dia 28, com 14 nomes
que atuam no Brasil. 



Dentre os clubes que disputam a Série A, acredito que apenas o Joinville não possui um jogador com potencial para vestir a camisa da Seleção Olímpica neste momento. A Chapecoense conta com o lateral direito Caramelo, que surgiu bem no Mogi Mirim e, mesmo não conseguindo repetir as boas atuações no São Paulo, acredito que pode vingar. O Figueirense tem o bom atacante Clayton, autor de três gols no Pan-Americano de Toronto e possível reforço do Corinthians para o ano que vem.

O Sport aproveitou a competência de Eduardo Baptista em lançar meninos da base e tem no seu elenco profissional Neto Moura, volante de 19 anos, com quem estendeu contrato até 2019. Quando era treinador do Leão, Baptista disse que Neto Moura era ''a grande aposta, a cereja do bolo. Minha promessa para 2015''. Estes são alguns exemplos. Dentre os ''estrangeiros'' temos: um goleiro, um lateral direito, dois zagueiros, dois volantes, um meia e um atacante.

No gol, Jordi não é unanimidade no Vasco, mas pode contribuir com a experiência e pressão do profissional. Na lateral direita, eu daria uma chance ao já citado Caramelo. Na zaga temos bons nomes para o futuro: Samir (Flamengo), Luan (Vasco), Gustavo Henrique (Santos), Juninho (Coritiba) e Nathan (Palmeiras).

Pego no anti-doping,  Renan tem desfalcado o Avaí.
Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
Entre os volantes, aposto em Renan, do Avaí. O jogador foi pego no antidoping em agosto e por isso tem desfalcado a equipe catarinense na competição. Com apenas 17 anos, o atleta vinha tendo uma sequência de jogos e demonstrando regularidade no meio de campo do Leão da Ilha. Acredito que a transferência para um clube de maior destaque no cenário nacional dará visibilidade ao talento da joia avaiana.

Outro que merece citação é Otávio, do Atlético/PR. Para um jogador de marcação, o atleticano tem baixo número de faltas (1.5 por jogo). Além disso, não se limita a roubar bolas, mas sabe chegar ao ataque, tendo finalizado 20 vezes e dado uma assistência em 23 partidas com a camisa rubro-negra. Rodrigo Dourado (Internacional), Jajá (Flamengo), Thiago Maia e Lucas Otávio (Santos) e Neto Moura (Sport) também têm qualidade para vestir a amarelinha.

Na armação, quem vive o melhor momento é Gustavo Scarpa, do Fluminense, apesar de não ser O camisa 10. Para esta função especificamente, gosto de Marcos Guilherme (Atlético/PR). O baixinho do Furacão pode atuar mais centralizado ou aberto pela esquerda. Espero melhores jogos de Gerson, do Fluminense. O mais badalado menino de Xerém ainda não correspondeu à toda expectativa que o cerca.

Na frente, Carlos (Atlético/MG), Alisson (Cruzeiro) e Marcos Jr. (Fluminense) mostram amadurecimento nesta temporada. Allano e Judivan (Cruzeiro) e Leandro (Santos) ainda precisam de tempo. O primeiro pela recente promoção ao profissional e a fase conturbada que vive o atual bicampeão brasileiro. O segundo é atrapalhado por uma grave lesão, sofrida ainda no Mundial sub-20, em junho deste ano. O terceiro tenta recuperar o futebol, esquecido durante o longo tempo na reserva no Palmeiras.

Revelação em 2014, Érik voltou a mostrar bom futebol.
 Foto: André Costa / Futura Press
As melhores opções que ficaram fora desta lista são Biro Biro (Ponte Preta) e Érik (Goiás). O primeiro é artilheiro do clube campineiro na competição. O segundo, revelação do Brasileirão do ano passado e já vendido para o Fenebahçe, da Turquia, teve problemas de comportamento no início do ano, retomou o lugar no time titular e faz a diferença na equipe goiana, sendo o artilheiro com sete gols e jogador mais perigoso do Esmeraldino.

Para a disputa dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016, apenas 18 farão parte do elenco que tentará a inédita conquista, sendo que três vagas podem ser preenchidas por atletas acima de 23 anos. Uma delas já tem o nome de Neymar. A briga por um lugar entre os selecionados vai ser intensa e de alto nível.

Por todos esses nomes (claro que alguns podem não se tornar aquilo que esperamos) tenho a convicção que, hoje, o que mais temos, são bons jogadores jovens, oriundos das bases brasileiras. Penso que o que falta é um comando competente, não na base, mas na principal, para recuperar o futebol ofensivo, alegre e vencedor, que o torcedor brasileiro tanto carece. Jogamos para não perder, não empolgar e não evoluir.