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Jovens talentosos são fruto da reformulação nas categorias de base alemãs/ Arte: Mainara Assis |
Neste sábado, Bayern de Munique e Borussia Dortmund decidem a Liga dos Campeões da Europa. Esta será a quarta vez que clubes do mesmo país fazem a final da competição e a primeira entre alemães. Para chegarem a esta partida, que acontecerá no estádio de Wembley, as equipes eliminaram Barcelona e Real Madri, os grandes favoritos ao título. O duelo alemão constata a evolução do futebol no país. Com investimentos nas categorias de base, a Alemanha colhe os frutos com uma safra de jogadores talentosos e se credencia como uma das grandes favoritas a conquista da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Abaixo você confere as entrevistas que o narrador e o comentarista do campeonato alemão nos canais ESPN, Rogério Vaughan e Gerd Wenzel, e o comentarista do site IG, Mário André Monteiro concederam ao blog do Caio Fiusa. Nelas, eles explicam a reformulação do futebol na Alemanha e analisam o pontos positivos da organização da Bundesliga, a liga principal.
Caio Fiusa: Quando, como e porque começou essa reformulação no futebol alemão?
Mário André Monteiro: A Alemanha viveu uma época de vacas magras desde a conquista da Copa do Mundo de
1990. No final da década 1990, a própria Federeção Alemã de Futebol
criou alguns centros de treinamentos para revelar jogadores. Os clubes
adotaram esse esquema. Então, a gente
pode ver que esses novos jogadores regulam mais ou menos a mesma idade.
Essa reformulação foi importante porque os clubes se conscientizaram e
colocaram a Alemanha como favorita para a próxima Copa.
Gerd Wenzel: Essa recomeço teve início em 2000, ano em que houve um fracasso da seleção alemã na Eurocopa, ficando em último lugar no grupo, com duas derrotas e um empate. A Federação Alemã de Futebol e a Bundesliga se reuniram para decidir o que fazer. Uma das medidas, talvez a principal, era a de que todos os times eram obrigados a ter a sua academia de futebol, com centro de treinamentos. Foi aí o ponto de partida para toda essa revolução.
CF: Tem diferença em narrar a Bundesliga, em relação aos outros campeonatos?
Rogério Vaughan: Total. Na Alemanha tem torcida. O torcedor faz questão de ficar em pé.
Eles bebem e não tem nenhuma confusão. A gente foi transmitir o jogo
entre Borussia e Real, deixou o carro no estacionamento e foi andando
até o estádio, junto com aquela massa amarela. No meio da massa gritando
com copos de cerveja na mão, tinham torcedores do Real Madri passando
vestidos com a camisa do clube. E você não via nenhum tipo de ironia. Isso é um
grande exemplo. Cultura e comportamento. Influencia inclusive no
comportamento dos profissionais. Tudo é saudavel para o espetáculo. A
torcida faz parte dela, acabou o jogo ela vai embora e segue a vida
dela. No Brasil, você chega ao estádio preocupado.
CF: Percebeu um aumento da audiência do campeonato alemão?
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Gerd Wenzel acredita que a organização financeira da Bundesliga é um atrativo/ Foto: Divulgação ESPN |
GW: Nós começamos a transmitir o campeonato em 1998, 1999. Eu lembro que
nossa audiência ficava atrás da Premier League (Inglaterra), da Liga
Espanhola e do Calcio (Itália). Logo depois da Copa de 2006, a coisa foi
mudando de figura. Até porque, na Espanha se cristializou a disputa do
título sempre entre Barcelona e Real Madri. Na Itália, houve uma
decadência do futebol com escândalos de manipulação de resultados,
racismo e estádios ultrapassados. A Itália perdeu uma grande
oportunidade com a Copa em 1990 de renovar os seus estádios. E aí o que
foi acontecendo? A Bundesliga foi tomando o lugar dessas ligas, ficando
atrás apenas da Inglaterra, nos canais ESPN. Houve um aumento
considerável da audiência.
MAM: No Brasil, até o ano passado nós tínhamos três emissoras transmitindo.
Esse ano só teve a ESPN, então o brasileiro perdeu opções. Mas com o
sucesso desses dois times e os brasileiros conhecendo melhor, deve crescer.
RV: Sempre houve um público cativo do futebol alemão no Brasil, seja
pela colônia ou pelo futebol jogado. Mas esse público cresceu muito, por
conta da Bundesliga ter se destacado entre as grandes competições, com
altas médias de público. E também tem a organização. A Bundesliga é um
evento para a família, por isso você vê muitas crianças e casais nos
estádios. Naturalmente, o interesse vai aumentar. O campeonato alemão se
tornou um grande porto seguro na Europa.
CF: De que maneira a Copa do Mundo em 2006, ajudou na evolução do futebol no país?
GW: Já se sabia que a Copa poderia ser na Alemanha. E qual era o pensamento?
Nós não podemos passar vexame em casa, seja no ponto de vista
estrutural, no da organização e muito menos no da seleção.
Esse foi um dos grandes motivos para essa organização na seleção e no
futebol alemão com novos objetivos.
MAM: Eu tinha muita preocupação em cima do comportamento, não só da seleção
como da torcida, o orgulho dos torcedores. O Klinsmann, que era o técnico
na época, conseguiu colocar um espírito vencedor, um sentimento patriota
e os jogadores conseguiram fazer o time ir bem. De lá para cá, vem
colecionando bons resultados apesar de nenhum título. Mas o orgulho em
cima da seleção voltou, tanto para a Copa de 2014 quanto para Eurocopa em 2016,
competições que esses jogadores vão chegar mais maduros.
RV: Conversando
com o Paul Breitner, ele disse que o alemão leva tudo muito a sério. E o
futebol também é. E eles aproveitaram a Copa do Mundo em 2006. Tudo isso é reflexo de um investimento na base e de contratações pontuais. Isso é fruto de um projeto de alguns anos. A Alemanha quis se abrir para o mundo e fez isso após a Copa. Hoje, é um futebol bonito e envolvente. O Bayern e o Borussia formam a base da seleção alemã, que em todas as Copas chega como uma das favoritas ao lado do Brasil, Argentina e Itália. Mas dessa vez, chega com favoritismo por causa do futebol apresentado. Hoje há quem diga que está um degrau acima da Espanha.
CF: Uma das medidas para fortalecer a Bundesliga, foi o equilíbrio nas cotas de TV dadas aos clubes. Mesmo assim, o Bayern de Munique, que contrata muitos jogadores talentosos dos pequenos times, e o Borussia continuam um degrau acima dos outros, inclusive monopolizando a conquista do campeonato nos últimos três anos. É possível que isso se estenda ou existe algum clube capaz de se intrometer nessa briga particular?
RV: O Paul Breitner, quando esteve aqui, disse que o objetivo do Bayern é ultrapassar o Barcelona e se
tornar o maior time do mundo. Essa contratação do Mario Gotze por
exemplo, sem dúvida enfraquece o Borussia. Por ter muito dinheiro, o Bayern acaba
sendo o predador, mas eu acho que eles vão resolver isso da melhor maneira
possível. Mas acredito que essa polarização vai acontecer cada vez mais
forte.
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Para Mário André Monteiro, alemães não devem só se contentar com as vagas europeias/ Foto: Arquivo Pessoal |
MAM: Historicamente, o Bayern consegue contratar melhor dentro da
Alemanha por ter mais dinheiro. A própria federação não permite que os
clubes façam loucuras financeiras. O clube tem um determinado dinheiro
guardado e não pode gastar mais do que ganha. Os clubes tem uma saúde
financeira boa e nenhum deles é devedor. O Bayern contratou o Martínez
na temporada passada e agora o Gotze porque tem condições para isso. É
difícil falar que o Bayern vai monopolizar porque nas últimas cinco
temporadas foram três campeões diferentes. Isso mostra o equilíbrio. A
tendência é que o Bayern faça isso, por já ter um grande time e ter se
reforçado, mas futebol é resolvido dentro de campo.
GW: É possível que
aconteça. Dos 50 campeonatos da Bundesliga desde 1962/1963, o Bayern
ganhou 22. Mas sempre apontam outros times. Em 2004, era o Werder
Bremen, mas não deu continuidade. O mesmo aconteceu com o Stuttgart depois, que
foi pior ainda. O mais importante é que o clube persiga o projeto. E foi
o que o Borussia fez. É a mesma coisa que Schalke 04, Bayer Leverkusen e
Hamburgo, só para citar os mais tradicionais, devem fazer. A questão
não é ganhar um campeonato, mas se tornar grande. E o clube só se torna
grande em primeiro lugar, investindo nos times de base. Depois, ter uma
saúde financeira, não permitir que o dinheiro que você ganhe seja
utilizado em especulação financeira, mas que seja aplicado no próprio
clube. Se crescer, no caso do Borussia Dortmund que já é um projeto, vai
ser um adversário a altura do Bayern de Munique nos próximos anos. O
Bayern tem esse projeto há muito tempo e se outros clubes fizerem vão
fazer frente aos dois.
CF: Qual o grande atrativo ou o diferencial do futebol alemão?
RV: O futebol apresentado, principalmente pelo do Borussia Dortmund, que é para frente. Isso chama atenção, inclusive da garotada. Os campeonatos
europeus atraem muito os brasileiros. Os jogos são transmitidos nas TVs
a cabo, mas o público não vê só isso. Ele vê a bola rolando em gramados
impecáveis, organização, estádio lotado e festa da torcida. Então, cria
uma expectativa e uma curiosidade que fazem as pessoas o acompanharem
GW: O grande atrativo em primeiro lugar é: o jogador quer saber não apenas
quanto ele vai ganhar e se ele vai ganhar. Nós temos notícias de Ligas
que não pagam em dia. O próprio Málaga, teve um problema sério. Na
Alemanha, não importa o clube onde você esteja, no dia primeiro o
dinheiro vai estar depositado na sua conta. A segunda questão é a que o
jogador vai trabalhar em um campeonato extremamente organizado com
estádios cheios. E qualquer jogador tem uma outra motivação com estádio
cheio. A média é de 42 mil pessoas por jogo. A organização, o pagamento
em dia, estádios cheios e todo o suporte que o clube dá aos jogadores
atraem os estrangeiros. Agora com a chegada de Pep Guardiola, muitos
jogadores vão se perguntar o porquê dele ir para a Alemanha. Ele vai ser
uma isca para outros jogadores.
MAM: Tem um dado de 2002
que diz que 60% dos jogadores eram estrangeiros. Era um número muito
alto. Desde então, os clubes passaram a investir mais em jogadores
alemães e isso faz com que a torcida fique mais perto do clube e veja os
jogadores mais de perto. O torcedor que viu o jogador crescer dentro do
clube como o Thomas Muller, Mario Gotze, Toni Kroos, querem acompanhar
eles crescendo no time profissional. Esses valores fazem com que a
torcida acompanhe o clube. Além da estrutura que a Federação dá para os
clubes. Hoje em dia os estádios são os mais modernos do mundo e a
arrecadação dos clubes gira em torno do que é consumido dentro do
estádio com produtos e merchandising.
CF: O futebol espanhol é considerado o ''futebol moderno'',vem de importante conquistas e tem dois dos principais clubes do mundo, assim como os dois melhores jogadores do mundo da atualidade. Mas, nas semifinais, dos quatro confrontos foram três goleadas alemãs. O futebol alemão está ultrapassando o espanhol?
GW: Eu não diria nesse momento que o futebol alemão é o melhor nessa época.
Ele está em grande ascensão e vai ter que se firmar. Não está na hora de
descartar o Barcelona, o Real Madri, o Manchester United. A Alemanha
veio como uma grande força mas se vai continuar, só o tempo vai dizer. O
Barcelona dominou e ainda domina, apesar de estar fora da Liga dos
Campeões. Na Alemanha, além da habilidade dos jogadores alemães, eles
alinham isso a um grande rigor físico, então talvez essa seja a grande
novidade no futebol europeu: a habilidade técnica que é 50%, uma mudança
iniciada em 2000, e 50% de aprimoramento físico. Além do mais, os
jovens jogadores lançados em 2004,2005 e 2006 estão amadurecendo para
conquistar um título internacional. O primeiro será neste sábado,
independente de quem ganhe o jogo. E o segundo pode ser na Copa do
Brasil em 2014. A Alemanha pode superar as outras forças do futebol
mundial.
MAM: O futebol espanhol teve um momento mágico porque foi
revolucionário. Mas os outros times entenderam esse jeito de jogar e
começaram a fazer frente. Os jogadores ganhando experiência dentro dos
clubes podem levar isso para a seleção, que bateu na trave nas Euro e na
Copa. Eu espero e acredito que o futebol alemão possa fazer frente e
tente buscar o título.
RV: Ninguém consegue se manter imbatível. Tem que ter uma renovação. Houve
um predomínio espanhol e a Alemanha vinha se preparando com a base dela.
Eu me refiro à seleção. Em 2010, Alemanha não estava na ponta dos
cascos e a Espanha já vinha de um título de Eurocopa. Entre os
clubes, a Alemanha cresceu muito, principalmente no coeficiente europeu.
Hoje, ela ultrapassou a Itália e tem quatro vagas na Liga dos Campeões.
Eu vi uma entrevista do presidente Javier Tebas, da Liga Espanhola, onde
ele disse que os espanhóis tem que tomar como exemplo o campeonato alemão, porque os
times são saudaveis financeiramente e não fazem loucuras. Isso vai
resultar numa sequência muito boa para os times e para a seleção da
Alemanha, por conta desses frutos que eles plantaram lá trás.
CF: Recentemente a Alemanha reconquinstou uma vaga que dá
classificação a Liga dos Campeões da Europa. Você considera isso um
incentivo a mais para continuar crescendo ou um objetivo conquistado?
MAM:
Considero um objetivo, porque a Alemanha já tinha essas quatro vagas. É
importante manter para que o futebol interno continue crescendo. E não
basta só ter quatro times na Liga dos Campeões e três na Liga Europa, é
necessário ir bem. Na Liga dos Campeões, os três chegaram as fases
finais. Os clubes não podem deixar essa peteca cair. É um objetivo para
não só manter as quatro vagas, mas passar a Espanha e a Inglaterra no
coeficiente na Uefa e ser a melhor liga no ranking.
GW: Foi um objetivo conquistado. O próximo é ultrapassar a própria
Inglaterra. Se você olhar o ranking, a Alemanha está coladinha. Em
termos de vagas não vai fazer diferença nenhuma. É o objetivo ser a
primeira colocada. Vai ser um embate muito difícil com a Inglaterra.
Superar a Itália era um objetivo e foi conquistado e agora é a
Inglaterra e depois a Espanha. O Paul Breitner deixou muito claro isso,
que o objetivo é ser a melhor.
CF: O que o Brasil pode pegar de experiência com futebol alemão?
MAM: É difícil, mas esse modelo de categoria de base é o que falta no Brasil.
Alguns clubes grandes não têm isso. Essa estruturação não só do
profissional, mas da base também é importante para fazer algo parecido
com o que é feito na Alemanha. E principalmente, os políticos que
trabalham com o futebol se conscientizarem de que: futebol é política?
É, é dinheiro, mas também é lazer e cultura. Então eles têm que fazer
alguma coisa para tornarem os campeonatos mais atrativos e evitarem que
os clubes fiquem endividados. E claro, tem que aprender muito com os
grandes países europeus. Aprendendo é o primeiro passo, porque matéria
prima o Brasil tem de sobra e fazendo isso, pode monopolizar o futebol
tranquilamente.
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Rogério Vaughan acredita que o Bayern é o favorito para a grande final/ Foto: Divulgação ESPN |
RV: Comprometimento,
seriedade. O Brasil tem dinheiro, tem jogadores que brotam todos os
anos com talento. O que falta no Brasil é seriedade e comprometimento.
Na Alemanha, eles são compromissados. Em casos isolados ocorre
corrupção, mas no caso do Brasil isso está enraizado na cultura
brasileira e junto a isso a impunidade. O Brasil vive uma situação
privilegiada em relação até mesmo a países europeus. Falta planejamento.
Continuamos a ser o país do jeitinho, da improvisação. Estamos às
vésperas de uma Copa do Mundo e o país como está? Muitos projetos de
mobilidade urbana para melhorar o país foram cancelados. Temos casos de
corrupção, superfaturamento, todos esses detalhes que fazem parte da
cultura brasileira servem como atraso, não só para o futebol, mas para o
país em geral.
GW: Você precisa saber se os dirigentes querem aprender. Existe uma
corrupção inerente ao futebol brasileiro. Existe um apetite para se
fazer grandes projetos e grande empreenteiras. Não há nenhum interesse
em fazer estádios baratos, quanto mais caro melhor, porque aí todo mundo
pode ter a sua participação. É preciso haver uma mudança de mentalidade
no futebol brasileiro, seja na organização, ou na administração dos
clubes ou das federações. Enquanto não mudar, não teremos estádios
baratos, muito mais caros do que os construídos na Alemanha.
CF: Para o jogo deste sábado, tem favorito?
GW: Não tem favorito. Estou desconfiado de que esse jogo possa ser decidido
em um pequeno detalhe. Se tem um time que sabe enfrentar o Bayern de
Munique, é o Borussia Dortmund. Nos últimos seis jogos pela Bundesliga,
foram quatro vitórias do Borussia e dois empates. O Bayern ganhou na
Copa da Alemanha e ficou por conta disso.Vai ser um jogo muito
equilibrado. Quem pode fazer a diferença são um dos craques, como o
Ribery, que está em espetacular forma. Do lado do Borussia, o Marco Reus,
que hoje desponta como o maior talento da equipe.
RV: O Bayern é favorito, mas o Borussia pode desequilibrar. O Bayern chegou em duas finais e está com esse trauma. Em 2010 tudo bem, mas ano passado perder em casa pro Chelsea...essa ferida ainda está aberta. Se tem um time que pode desestruturar o Bayern é o Borussia. Na história recente dos confrontos ele atrapalhou muito o Bayern. O Bayern está com essa pressão de bater na trave novamente. Se o Borussia fizer 1x0, isso vai pesar muito. As outras finais inevitavelmente vão servir como pressão para os jogadores.
Entrevistas realizadas entre os dias 18 e 21/05/2013 por telefone.
Contato: fiusa.caio@gmail.com
RV: O Bayern é favorito, mas o Borussia pode desequilibrar. O Bayern chegou em duas finais e está com esse trauma. Em 2010 tudo bem, mas ano passado perder em casa pro Chelsea...essa ferida ainda está aberta. Se tem um time que pode desestruturar o Bayern é o Borussia. Na história recente dos confrontos ele atrapalhou muito o Bayern. O Bayern está com essa pressão de bater na trave novamente. Se o Borussia fizer 1x0, isso vai pesar muito. As outras finais inevitavelmente vão servir como pressão para os jogadores.
Entrevistas realizadas entre os dias 18 e 21/05/2013 por telefone.
Contato: fiusa.caio@gmail.com