terça-feira, 25 de junho de 2019

7 impressões sobre o Oi Rio Pro

Sally Fitzgibbons e Filipe Toledo foram os campeões em
Saquarema. (Foto:Damien Poullenot/WSL via Getty Images)
Estive em Saquarema entre quinta-feira e domingo para o Oi Rio Pro, a quinta etapa do WCT, o Circuito Mundial de Surfe. Com três campeonatos mundiais conquistados por brasileiros (2014 e 2018 com Gabriel Medina e 2015 com Adriano de Souza) o esporte vai crescendo e ganhando mais fãs. A edição no Brasil, novamente, mostrou um enorme público, o que é muito bom para a World Surf League, que dessa forma atinge um importante mercado consumidor. Entretanto, alguns detalhes me chamaram atenção. 

Eis algumas impressões sobre o evento:

1 - A cidade de Saquarema já respira o surfe e estava ''envelopada'' para o período da competição. Impressionante o número de turistas e de marcas no local, tanto na areia quanto na rua paralela à praia, a principal via de acesso. Evidente que o feriado de Corpus Christi contribuiu para aumentar o público e o evento fechou com chave de ouro com a final no domingo.                                                                                                                                       
2 - Estive próximo a um número relevante de curiosos em todos os dias. Pessoas que não acompanham o surfe regularmente e que por vezes perguntavam quem estava na água, de qual país era, como era o formato de disputa, etc. Coincidentemente, todos falavam que queriam ver Gabriel Medina. Isso reforça a impressão de que brasileiro gosta de campeão e não de esporte.                                                        

3 - Gabriel Medina foi eliminado na última bateria das quartas de final, mas ainda teríamos as duas semifinais femininas e masculinas e as finais de cada categoria no dia. Mesmo assim, um bom número de pessoas se levantou e foi embora. Detalhe é que Filipe Toledo, o campeão da etapa de 2018 e também de 2019, estava na disputa e era o favorito ao título, como confirmou baterias a frente.

4 - Quando o tahitiano Michel Bourez foi para água enfrentar Gabriel Medina nas oitavas, foi vaiado por um grupo pequeno de torcedores. Outro grupo, maior, abafou as vaias apoiando o competidor com gritos e palmas. Importante ressaltar que no surfe não existe esse tipo de comportamento, que é característico no futebol. Na bateria de quartas de final entre Filipe Toledo e Kelly Slater, por exemplo, o público vibrou com um belo tubo do norte-americano. Esse é o espírito. 

5 - Em algumas ocasiões, foi preciso que o locutor do evento pedisse compreensão dos surfistas amadores e banhistas. Isso aconteceu porque a área de competição, delimitada por boias, era invadida. Até mesmo um drone e uma pipa apareceram no local reservado para as baterias. Felizmente, nada disso interferiu no resultado. 

6 - É incrível, e até certo ponto decepcionante, a diferença de apoio do público para as brasileiras Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Vale destacar que a primeira, nascida no Havaí, competia com pela bandeira havaiana até abril do ano passado e nunca venceu uma etapa do circuito mundial. Já a cearense, foi duas vezes vice-campeã mundial, venceu quatro etapas na elite, representa o país entre as melhores do mundo por mais de 10 anos. Essa diferença evidente no suporte me lembrou uma entrevista dada por Silvana em 2016. Segue o link: 

7 - A Santacosta tinha uma loja muito bem localizada na principal rua de Itaúna, próxima à praia, e acertou ao colocar o Willian Cardoso (surfista da elite patrocinado pela marca) interagindo com os fãs e autografando os produtos. Minha sugestão fica por conta dos copos. Eu comprei um de recordação, mas existia apenas um modelo, com apenas o nome da marca e a hashtag #GOPANDA (apelido do atleta) e na cor preta, o que inviabilizou que fosse autografado. A Santacosta poderia ter produzido mais modelos, em cores diferentes, valorizando mais o surfista e a sua única vitória no WCT, na Indonésia. 

Acredito que para 2020, com Filipe Toledo (3º no ranking), Ítalo Ferreira (6º) e Gabriel Medina (12º) mantendo as ótimas atuações e com chances de ganhar o título mundial deste ano, o número de torcedores, fãs e curiosos aumente e consolide Saquarema como a etapa de maior público nas areias. 

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Hat-trick de CR7 coloca Portugal na final da Liga das Nações

CR7 resolve e Portugal é finalista da Liga das Nações.
Foto: Gualter Fatia/Getty 
Com show de Cristiano Ronaldo, Portugal se classificou para a final da Liga das Nações. O camisa 7 foi o autor dos três gols portugueses em uma partida bastante difícil para os donos da casa contra a Suíça. Ricardo Rodriguez, de pênalti, descontou para o 3 a 1. 

A final será disputada no estádio do Dragão, no Porto, no próximo domingo. Portugal aguarda o vencedor de Inglaterra e Holanda. No sábado, a Suíça joga pelo terceiro lugar em Guimarães, no Estádio Dom Afonso Henriques.

Primeiro tempo equilibrado, mas CR7 decide

Com cinco jogadores no meio de campo, a Suíça começou a partida comandando as ações e marcando forte. Antes dos cinco minutos, já havia assustado duas vezes. Na primeira, após confusão na área, a bola sobrou para Shaqiri, que bateu em cima de Rui Patrício. Logo depois, em cruzamento da direita, Seferovic tocou de cabeça para fora. 

Aos 11, Cristiano Ronaldo apareceu. Akanji tentou sair jogando e entregou no pé de Bernardo Silva. O meia do Manchester City rolou para o craque do time, que não pegou bem e mandou para fora. Seferovic voltou a dar perigo ao gol português aos 17. Em novo cruzamento, o artilheiro tocou de cabeça, mas parou em Rui Patrício. Já aos 24, CR7 sofreu falta na entrada da área. Ele mesmo foi para a cobrança e bateu forte no contra pé de Sommer. Placar aberto no Porto.

O jogo seguiu equilibrado com chances para ambos os lados. A melhor delas surgiu aos 41, com Seferovic novamente. O camisa 9 se livrou da marcação, escorou cruzamento, mas a bola foi na trave. Dois minutos depois, Portugal respondeu. Cristiano Ronaldo deu um passe açucarado para João Félix. A joia do Benfica bateu por cima do gol. No último lance da primeira etapa, Shaqiri recebeu na entrada da área sem marcação. O jogador do Liverpool bateu com força, mas a bola foi para fora.

VAR aparece em lance confuso; CR7 decide novamente

O segundo tempo começou bastante movimentado. Aos cinco, Cristiano Ronaldo bateu de fora da área e a bola passou perto. No lance seguinte, a Suíça reclamou de pênalti em Zuber. O jogo seguiu e Bernardo Silva sofreu pênalti. O VAR foi acionado e árbitro Felix Brych assinalou a penalidade para a Suíça. Ricardo Rodriguez cobrou e Rui Patrício chegou a tocar na bola, mas não evitou o empate: 1 a 1. 

Aos 19, Seferovic, mais uma vez ele, quase virou a partida. Bruno Fernandes respondeu com chute de longe aos 22, mas o melhor estava guardado para o final.O segundo tempo de Cristiano Ronaldo era apagado, sem participar muito do jogo, porém, aos 42 minutos, Bernardo Silva cruzou rasteiro e o craque bateu de primeira para colocar Portugal na frente. 

A Suíça tentou sair para o ataque, mas após passe errado o contra-ataque foi armado. A bola caiu em CR7, que limpou a marcação e bateu no canto de Sommer. Hat-trick do camisa 7 e vaga garantida na final. 

*Publicado em ogol.com.br em 05/06/2019

Palmeiras vence mais uma e segue líder

Dudu abriu o placar na Arena Condá. Com a vitória, time
de Felipão segue líder./Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Palmeiras venceu mais uma, a quinta em seis jogos, e continua na liderança do Brasileirão, somando agora 29 rodadas invicto na competição. O time comandado por Felipão bateu a Chapecoense por 2 a 1, jogando fora de casa em uma partida bem disputada. Os gols da equipe paulista foram marcados por Dudu e Marcos Rocha. Everaldo diminuiu para os donos da casa. 

Com a quarta derrota, a Chape fica estacionada no 14º lugar, com sete pontos. Na próxima rodada, a equipe catarinense visita o Goiás, no Serra Dourada. Já o Palmeiras, está com 16 pontos, um a mais que o Atlético Mineiro, mas com um jogo a menos, uma vez que o resultado da partida contra o Botafogo, onde venceu por 1 a 0, não foi homologado. No domingo que vem, o líder recebe o Athletico Paranaense, no Allianz Parque.  

Primeira etapa equilibrada

Os primeiros 45 minutos na Arena Condá foram bem disputados. A Chapecoense tentou mostrar a sua força como mandante e começou bem. A equipe até chegou a abrir o placar com Rildo, mas o atacante estava impedido. O Palmeiras errava passes, mas conseguiu equilibrar as ações. Após boa jogada individual, Zé Rafael deixou Dudu na boa. O camisa 7 bateu de esquerda, no canto de Tiepo e deixou os visitantes na frente.

Mas a festa palmeirense não durou cinco minutos. Cruzamento na área e o atacante Deyverson cortou com o braço. O árbitro precisou do auxílio do VAR para marcar a penalidade. Everaldo deslocou Weverton e igualou o placar. Foi o quarto gol dele no Brasileiro, artilheiro ao lado de Bruno Henrique, do Flamengo.

Os últimos 10 minutos foram mais animados. No fim da primeira etapa, Dudu cobrou lateral para a área, Felipe Melo desviou de cabeça, a zaga não conseguiu cortar e Marcos Rocha pegou de primeira para mandar no ângulo e fazer um bonito. Palmeiras novamente na frente.

Camilo reestreia, mas não consegue evitar a derrota

O segundo tempo seguiu equilibrado, mas muito faltoso. Zé Rafael, Gustavo Gómez e Deyverson pelo Palmeiras, Douglas e Elicarlos pela Chapecoense foram punidos com cartão amarelo. Aos 15 minutos, Ney Franco sacou Gustavo Campanharo e Arthur Gomes e colocou Renato Kayzer e Camilo, meia que teve grande passagem pelo Verdão do Oeste entre 2014 e 2015.

Os donos da casa buscavam o empate e quase conseguiram com Everaldo. Aos 35 o artilheiro recebeu, girou e bateu de fora da área. A bola passou perto do gol de Weverton. Depois do lance, a Chape tentou alguns cruzamentos para a área palmeirense, mas sem sucesso.  

*Publicado em ogol.com.br em 02/06/2019