segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Campeão e destaque do Al Sharjah, Igor Coronado relembra trajetória de andarilho do futebol

Igor Coronado acumula prêmios e títulos nos Emirados
Árabes Unidos./Foto: Arquivo Pessoal
Ao longo das últimas décadas, o Brasil tem se consolidado como o maior exportador de jogadores de futebol. Mais recentemente, tornou-se comum ver atletas brasileiros defendendo clubes, em maioria, europeus, sem antes terem disputado uma partida pelo profissional em território nacional. O olhar dos times do Velho Continente tem sido direcionado cada vez mais para os jovens talentos, ainda em formação. 

Assim como muitos jovens brasileiros, Igor Coronado, natural de Londrina, no Paraná, sempre gostou de jogar futebol. Porém, a história do jogador no futebol europeu começou por outro motivo. 

- Eu fui para a Inglaterra aos 14 anos porque meus pais buscavam trabalho lá, um futuro melhor para nós. Como eu sempre joguei futebol, na escola e nos clubes amadores, surgiu a oportunidade no MK Dons e fiquei lá até os 19. No último ano, eu já ia com os profissionais para os jogos, mas mudou o treinador, que preferia jogadores mais altos, com mais força física e aí, acabei saindo. Mas a minha adaptação lá foi muito boa.

Para Igor Coronado, o período de cinco anos no Reino Unido foi importante para formá-lo como atleta e também como pessoa. Ele lembra de particularidades da cultura na categoria de base inglesa, diferentes em relação à brasileira. 

- A diferença que vejo é que eles trabalham muito sério. Eu era o camisa 10 do juvenil e tinha que limpar as chuteiras do camisa 10 do profissional. Os nossos treinamentos eram no mesmo horário, para que quando terminassem, a gente guardasse todo o material. Nós preparávamos os treinos deles e já tivemos que limpar o estádio. Na época, eu não entendia o porquê disso, mas hoje dou muito valor. Isso me fez crescer como pessoa. 

Depois do período em solo britânico, Igor rumou para a Suíça e foi fazer teste em um clube da segunda divisão, o Winterthur. Lá, fez alguns amistosos, mas não foi aproveitado pelo treinador, que o indicou ao Grasshopper, maior campeão nacional, onde assinou por seis meses com o time sub-21.

Como o clube estava em uma situação difícil na Liga, disputando para não ser rebaixado e ao terminar a temporada, com a permanência garantida, a direção promoveu uma reformulação em seu staff. Com isso, Igor Coronado não teve oportunidades no profissional e acabou migrando para Malta.

O jogador teve uma passagem de três temporadas pelo Floriana. Embora o arquipélago europeu, de poucos mais de 400 mil habitantes, apareça no top-10 das ligas internacionais com maior número de jogadores brasileiros, segundo estudos anuais do CIES Football Observatory, para Igor Coronado o futebol local precisa evoluir fora das quatro linhas, principalmente em relação a um problema bem conhecido no Brasil.  

- É um país difícil de crescer profissionalmente. Como eu estava sem clube, acabei aceitando. Para o jogador que vai para lá, é bom para aparecer e tentar a transferência para outro clube. Eles recebem muito bem e gostam dos brasileiros. O futebol tem crescido, mas precisa melhorar fora de campo, como por exemplo, parar de atrasar salários.

Boas temporadas por rivais italianos 

Igor Coronado teve boas temporadas na Itália, especialmente
no Palermo./Foto: Arquivo Pessoal
De Malta, onde foi eleito o melhor jogador estrangeiro em 2013, conseguiu uma transferência para a maior ilha do Mar Mediterrâneo, a Sicília, e foi defender o Trapani, clube da segunda divisão italiana. Foi no novo clube que Igor passou por uma história curiosa, a qual lembra até hoje, junto com o treinador Serse Cosmi, muito conhecido no país pela forma de gesticular e gritar à beira do gramado. 

- É um treinador com um coração enorme, mas se transforma no dia do jogo. Uma vez, estávamos vencendo por 3 a 1, eu fui tentar dar um chapéu e perdi a bola. O adversário fez o gol e o Serse entrou uns 15 metros no campo me xingando, falando que ia me matar e foi expulso (risos). Aí eu pensei ''complicou para mim''. Pouco tempo depois, consegui dar um assistência e fizemos o 4 a 2. Ele (Serse Cosmi) viu de longe e ficou muito feliz. No final do jogo, veio me abraça e pedir desculpas, mas naquele dia fiquei com medo (risos).

Igor disputou duas temporadas pelo Trapani como meia ofensivo em um esquema 3-5-2 e acumulou 19 gols em 77 jogos. O bom rendimento foi recompensado com uma oferta do rival local, o Palermo, que também estava na Série B e a 115km de distância. Porém, a saída não foi muito bem aceita pelos tifosi do Granata.

- Lógico que os torcedores não ficaram felizes, existe uma rivalidade, mas tiveram que aceitar porque a proposta foi muito boa para o clube.

Mais uma boa temporada e mais um convite para mudança de ares. Dessa vez, o desafio era maior, da Europa para o Oriente Médio, região famosa pelos altos investimentos no futebol. Igor Coronado desembarcou nos Emirados Árabes Unidos como novo reforço do Al Sharjah para a temporada 2018/19. No novo clube, passou a atuar como segundo atacante, mais próximo do gol e com mais liberdade.

Nova posição e muitos gols na conta

O jogador se adaptou bem à nova função e em 32 jogos, anotou 19 gols, ajudando a equipe a ser campeã da liga nacional e sendo eleito o melhor estrangeiro da competição. Os árabes ficaram conhecidos por agraciarem seus jogadores de destaque com prêmios luxuosos como carros, relógios, cheques, mas Igor Coronado acredita que isso tem mudado. 

- Essa história dessas premiações, a gente sempre ouve falar e eu estou esperando isso ainda (risos). Acredito que essa época passou. Estamos aguardando é a premiação pelo título, mas eu não vou ganhar nada a mais que os outros jogadores.

Atualmente de férias, o jogador aguarda o reínicio da temporada nos Emirados Árabes Unidos. O primeiro compromisso do Al Sharjah, atual campeão da liga, é contra o Al Ahli, campeão da Copa do Presidente, no dia 13 de setembro, pela Supercopa dos Emirados Árabes. Mais uma oportunidade para Igor Coronado acumular títulos e premiações. 

*Publicado em ogol.com.br em 05/07/2019

Com gol e recorde de Marta, Brasil vence a Itália e avança na Copa

Marta faz de pênalti e se torna a maior artilheira em Copas
do Mundo./Foto: Rico Brouwer/Getty Images
O Brasil venceu a Itália por 1 a 0 e está classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo. Marta, de pênalti, marcou o gol da vitória, o seu 17º, o que a tornou a maior artilheira de Copas, incluindo a masculina.

Com o resultado, as comandadas de Vadão terminam a primeira fase na terceira colocação do Grupo C e aguardam a definição dos outros grupos para conhecerem as adversárias. A seleção brasileira foi melhor durante todo o jogo e sofreu poucos sustos. 

Brasil começa melhor, mas Itália equilibra

O Brasil começou o primeiro tempo pressionando e com a marcação avançada, dificultando a saída de bola italiana. Porém, a primeira oportunidade foi da Itália, aos quatro minutos. Bonansea recebeu pelo lado direito, cortou para o meio e chutou no cantinho. Barbara se esticou e conseguiu fazer a defesa, jogando para escanteio.

A Seleção respondeu em grande estilo aos 16. Marta cobrou escanteio na primeira trave e Debinha quase marcou um golaço de letra. A goleira Giuliani salvou e cedeu novo escanteio para o Brasil. Marta de novo na bola. A camisa 10 bateu fechado e quase surpreendeu Giuliani, que tirou de soco. 

Debinha fez boa jogada aos 22 e bateu da entrada da área, mas a bola foi para fora. A partir dos 25 minutos, o jogo ficou equilibrado, com a Itália buscando as jogadas pelas pontas.

O maior susto veio aos 39. Em um contra-ataque rápido, Bonansea recebeu livre, cara a cara com Barbara. A atacante italiana finalizou forte, mas a goleira brasileira fez grande defesa. 

Marta marca o gol da vitória e o nome na história das Copas

O Brasil voltou melhor para o segundo tempo, jogando no campo de ataque e buscando o gol. Logo aos seis, Andressinha cobrou falta no travessão e por pouco não abriu o placar. Quatro minutos depois, Andressinha novamente cobrou falta, dessa vez na cabeça de Kathelen, que desviou e a bola passou rente à trave. 

Vadão resolveu sacar Cristiane e colocar Bia Zaneratto aos 19. A atacante quase abriu o placar em seu primeiro toque na bola. Ludmila fez jogada individual pela direita e cruzou. Bia escorou e a bola passou perto. 

Aos 26, Debinha fez boa jogada em velocidade e foi parada com falta dentro da área. Pênalti para o Brasil. Marta, que não fez boa partida, foi para a bola e bateu forte. Goleira para um lado, bola para o outro e a melhor jogadora do mundo se tornou a maior artilheira de todas as Copas, incluindo masculina e feminina, com 17 gols. 

Depois do gol brasileiro, o ritmo diminuiu bastante e as duas equipes pareceram satisfeitas com o resultado.Vadão substituiu Marta e colocou Luana, volante, para dar mais proteção à zaga. A Itália seguiu pouco inspirada e o placar não foi alterado. Vitória do Brasil.

*Publicado em ogol.com.br em 18/06/2019

Com a ausência de Neymar, quem será o protagonista da seleção?

Sem Neymar, posto de referência técnica fica aberto na
seleção de Tite./Montagem: O Gol
Após o corte de Neymar, com lesão no tornozelo, e a convocação de Willian como substituto e novo camisa 10, surge uma pergunta sobre o time de Tite: quem será o protagonista da seleção?

A ausência do astro do Paris Saint Germain pode abrir brecha para outros jogadores assumirem a liderança técnica em um torneio de alto nível. Com uma seleção recheada de nomes relevantes para o futebol mundial, candidatos para o posto não faltam. Vamos aos nomes.

Os candidatos

Alisson: O camisa 1 vem de uma temporada espetacular com o Liverpool, coroada com o título da Liga dos Campeões, onde foi um dos destaques nos jogos decisivos, incluindo a final. Em 38 partidas do Campeonato Inglês, em 21 o goleiro não foi vazado.

Dani Alves: Um dos mais experientes do grupo, retomou a faixa de capitão da equipe. Retorna para uma competição após ter ficado de fora da Copa do Mundo por lesão. Fez boa temporada no PSG e tem um título de Copa América no currículo.

Coutinho: Contratado para ser justamente o substituto de Neymar, no Barcelona, Philippe Coutinho não conseguiu repetir, na Espanha, o excelente futebol apresentado na Inglaterra. Na Copa do Mundo, teve um bom início e era o principal jogador da equipe, mas não manteve o nível das atuações. Vindo de uma temporada decepcionante, com partidas fracas e até polêmica com a torcida blaugrana, a Copa América surge como grande chance de redenção.

Gabriel Jesus: O atacante do Manchester City ainda sofre críticas a respeito do desempenho na Rússia em 2018. Único camisa 9 da história da seleção a terminar uma Copa sem balançar as redes, Gabriel Jesus marcou seis gols em sete amistosos após a competição. Junto a isso, vem de uma temporada de 21 gols na Europa, mesmo não sendo titular absoluto, e parece ter retomado a boa fase. Antes tido como concorrente de Firmino, no amistoso contra Honduras, a dupla atuou junta no ataque e rendeu bem, o que pode significar mais tempo de jogo para o jovem atleta.

Roberto Firmino: O atacante do Liverpool segue em evolução. Embora 2018/19 não tenha sido uma temporada tão goleadora como a anterior, Roberto Firmino mostrou mais uma vez a sua importância para o elenco dos Reds. Com muita mobilidade, habilidade e inteligência tática, pode desempenhar diferentes funções no ataque. Vive boa fase e assim como Alisson chega com a experiência de ter ganho a Liga dos Campeões.

Richarlison: O atacante do Everton parece não sentir a pressão de vestir a camisa amarelinha. Já são 10 jogos, cinco gols marcados, boas atuações e muita interação com a torcida, principalmente com a sua tradicional comemoração, a "dança do pombo", o que o torna um dos jogadores mais queridos do grupo. Richarlison pode atuar tanto pelos lados como centralizado, o que agrada Tite. Em sua segunda temporada na Inglaterra, aumentou consideravelmente o número de gols: de cinco para 14.

David Neres: Mais uma boa temporada com a camisa do surpreendente Ajax. Semifinalista da Liga dos Campeões, campeão holandês e da Copa da Holanda, David Neres tem um estilo de jogo que agrada o brasileiro, partindo para cima da marcação, com velocidade e muita habilidade. Além disso, o camisa 7 marca gols e distribui assistências. Após boa atuação contra Honduras, Neres surge como provável substituto de Neymar pela ponta esquerda e pode ser o grande "beneficiado" pelo corte do craque do PSG.

*Publicado em ogol.com.br em 11/06/2019

terça-feira, 25 de junho de 2019

7 impressões sobre o Oi Rio Pro

Sally Fitzgibbons e Filipe Toledo foram os campeões em
Saquarema. (Foto:Damien Poullenot/WSL via Getty Images)
Estive em Saquarema entre quinta-feira e domingo para o Oi Rio Pro, a quinta etapa do WCT, o Circuito Mundial de Surfe. Com três campeonatos mundiais conquistados por brasileiros (2014 e 2018 com Gabriel Medina e 2015 com Adriano de Souza) o esporte vai crescendo e ganhando mais fãs. A edição no Brasil, novamente, mostrou um enorme público, o que é muito bom para a World Surf League, que dessa forma atinge um importante mercado consumidor. Entretanto, alguns detalhes me chamaram atenção. 

Eis algumas impressões sobre o evento:

1 - A cidade de Saquarema já respira o surfe e estava ''envelopada'' para o período da competição. Impressionante o número de turistas e de marcas no local, tanto na areia quanto na rua paralela à praia, a principal via de acesso. Evidente que o feriado de Corpus Christi contribuiu para aumentar o público e o evento fechou com chave de ouro com a final no domingo.                                                                                                                                       
2 - Estive próximo a um número relevante de curiosos em todos os dias. Pessoas que não acompanham o surfe regularmente e que por vezes perguntavam quem estava na água, de qual país era, como era o formato de disputa, etc. Coincidentemente, todos falavam que queriam ver Gabriel Medina. Isso reforça a impressão de que brasileiro gosta de campeão e não de esporte.                                                        

3 - Gabriel Medina foi eliminado na última bateria das quartas de final, mas ainda teríamos as duas semifinais femininas e masculinas e as finais de cada categoria no dia. Mesmo assim, um bom número de pessoas se levantou e foi embora. Detalhe é que Filipe Toledo, o campeão da etapa de 2018 e também de 2019, estava na disputa e era o favorito ao título, como confirmou baterias a frente.

4 - Quando o tahitiano Michel Bourez foi para água enfrentar Gabriel Medina nas oitavas, foi vaiado por um grupo pequeno de torcedores. Outro grupo, maior, abafou as vaias apoiando o competidor com gritos e palmas. Importante ressaltar que no surfe não existe esse tipo de comportamento, que é característico no futebol. Na bateria de quartas de final entre Filipe Toledo e Kelly Slater, por exemplo, o público vibrou com um belo tubo do norte-americano. Esse é o espírito. 

5 - Em algumas ocasiões, foi preciso que o locutor do evento pedisse compreensão dos surfistas amadores e banhistas. Isso aconteceu porque a área de competição, delimitada por boias, era invadida. Até mesmo um drone e uma pipa apareceram no local reservado para as baterias. Felizmente, nada disso interferiu no resultado. 

6 - É incrível, e até certo ponto decepcionante, a diferença de apoio do público para as brasileiras Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Vale destacar que a primeira, nascida no Havaí, competia com pela bandeira havaiana até abril do ano passado e nunca venceu uma etapa do circuito mundial. Já a cearense, foi duas vezes vice-campeã mundial, venceu quatro etapas na elite, representa o país entre as melhores do mundo por mais de 10 anos. Essa diferença evidente no suporte me lembrou uma entrevista dada por Silvana em 2016. Segue o link: 

7 - A Santacosta tinha uma loja muito bem localizada na principal rua de Itaúna, próxima à praia, e acertou ao colocar o Willian Cardoso (surfista da elite patrocinado pela marca) interagindo com os fãs e autografando os produtos. Minha sugestão fica por conta dos copos. Eu comprei um de recordação, mas existia apenas um modelo, com apenas o nome da marca e a hashtag #GOPANDA (apelido do atleta) e na cor preta, o que inviabilizou que fosse autografado. A Santacosta poderia ter produzido mais modelos, em cores diferentes, valorizando mais o surfista e a sua única vitória no WCT, na Indonésia. 

Acredito que para 2020, com Filipe Toledo (3º no ranking), Ítalo Ferreira (6º) e Gabriel Medina (12º) mantendo as ótimas atuações e com chances de ganhar o título mundial deste ano, o número de torcedores, fãs e curiosos aumente e consolide Saquarema como a etapa de maior público nas areias. 

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Hat-trick de CR7 coloca Portugal na final da Liga das Nações

CR7 resolve e Portugal é finalista da Liga das Nações.
Foto: Gualter Fatia/Getty 
Com show de Cristiano Ronaldo, Portugal se classificou para a final da Liga das Nações. O camisa 7 foi o autor dos três gols portugueses em uma partida bastante difícil para os donos da casa contra a Suíça. Ricardo Rodriguez, de pênalti, descontou para o 3 a 1. 

A final será disputada no estádio do Dragão, no Porto, no próximo domingo. Portugal aguarda o vencedor de Inglaterra e Holanda. No sábado, a Suíça joga pelo terceiro lugar em Guimarães, no Estádio Dom Afonso Henriques.

Primeiro tempo equilibrado, mas CR7 decide

Com cinco jogadores no meio de campo, a Suíça começou a partida comandando as ações e marcando forte. Antes dos cinco minutos, já havia assustado duas vezes. Na primeira, após confusão na área, a bola sobrou para Shaqiri, que bateu em cima de Rui Patrício. Logo depois, em cruzamento da direita, Seferovic tocou de cabeça para fora. 

Aos 11, Cristiano Ronaldo apareceu. Akanji tentou sair jogando e entregou no pé de Bernardo Silva. O meia do Manchester City rolou para o craque do time, que não pegou bem e mandou para fora. Seferovic voltou a dar perigo ao gol português aos 17. Em novo cruzamento, o artilheiro tocou de cabeça, mas parou em Rui Patrício. Já aos 24, CR7 sofreu falta na entrada da área. Ele mesmo foi para a cobrança e bateu forte no contra pé de Sommer. Placar aberto no Porto.

O jogo seguiu equilibrado com chances para ambos os lados. A melhor delas surgiu aos 41, com Seferovic novamente. O camisa 9 se livrou da marcação, escorou cruzamento, mas a bola foi na trave. Dois minutos depois, Portugal respondeu. Cristiano Ronaldo deu um passe açucarado para João Félix. A joia do Benfica bateu por cima do gol. No último lance da primeira etapa, Shaqiri recebeu na entrada da área sem marcação. O jogador do Liverpool bateu com força, mas a bola foi para fora.

VAR aparece em lance confuso; CR7 decide novamente

O segundo tempo começou bastante movimentado. Aos cinco, Cristiano Ronaldo bateu de fora da área e a bola passou perto. No lance seguinte, a Suíça reclamou de pênalti em Zuber. O jogo seguiu e Bernardo Silva sofreu pênalti. O VAR foi acionado e árbitro Felix Brych assinalou a penalidade para a Suíça. Ricardo Rodriguez cobrou e Rui Patrício chegou a tocar na bola, mas não evitou o empate: 1 a 1. 

Aos 19, Seferovic, mais uma vez ele, quase virou a partida. Bruno Fernandes respondeu com chute de longe aos 22, mas o melhor estava guardado para o final.O segundo tempo de Cristiano Ronaldo era apagado, sem participar muito do jogo, porém, aos 42 minutos, Bernardo Silva cruzou rasteiro e o craque bateu de primeira para colocar Portugal na frente. 

A Suíça tentou sair para o ataque, mas após passe errado o contra-ataque foi armado. A bola caiu em CR7, que limpou a marcação e bateu no canto de Sommer. Hat-trick do camisa 7 e vaga garantida na final. 

*Publicado em ogol.com.br em 05/06/2019

Palmeiras vence mais uma e segue líder

Dudu abriu o placar na Arena Condá. Com a vitória, time
de Felipão segue líder./Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Palmeiras venceu mais uma, a quinta em seis jogos, e continua na liderança do Brasileirão, somando agora 29 rodadas invicto na competição. O time comandado por Felipão bateu a Chapecoense por 2 a 1, jogando fora de casa em uma partida bem disputada. Os gols da equipe paulista foram marcados por Dudu e Marcos Rocha. Everaldo diminuiu para os donos da casa. 

Com a quarta derrota, a Chape fica estacionada no 14º lugar, com sete pontos. Na próxima rodada, a equipe catarinense visita o Goiás, no Serra Dourada. Já o Palmeiras, está com 16 pontos, um a mais que o Atlético Mineiro, mas com um jogo a menos, uma vez que o resultado da partida contra o Botafogo, onde venceu por 1 a 0, não foi homologado. No domingo que vem, o líder recebe o Athletico Paranaense, no Allianz Parque.  

Primeira etapa equilibrada

Os primeiros 45 minutos na Arena Condá foram bem disputados. A Chapecoense tentou mostrar a sua força como mandante e começou bem. A equipe até chegou a abrir o placar com Rildo, mas o atacante estava impedido. O Palmeiras errava passes, mas conseguiu equilibrar as ações. Após boa jogada individual, Zé Rafael deixou Dudu na boa. O camisa 7 bateu de esquerda, no canto de Tiepo e deixou os visitantes na frente.

Mas a festa palmeirense não durou cinco minutos. Cruzamento na área e o atacante Deyverson cortou com o braço. O árbitro precisou do auxílio do VAR para marcar a penalidade. Everaldo deslocou Weverton e igualou o placar. Foi o quarto gol dele no Brasileiro, artilheiro ao lado de Bruno Henrique, do Flamengo.

Os últimos 10 minutos foram mais animados. No fim da primeira etapa, Dudu cobrou lateral para a área, Felipe Melo desviou de cabeça, a zaga não conseguiu cortar e Marcos Rocha pegou de primeira para mandar no ângulo e fazer um bonito. Palmeiras novamente na frente.

Camilo reestreia, mas não consegue evitar a derrota

O segundo tempo seguiu equilibrado, mas muito faltoso. Zé Rafael, Gustavo Gómez e Deyverson pelo Palmeiras, Douglas e Elicarlos pela Chapecoense foram punidos com cartão amarelo. Aos 15 minutos, Ney Franco sacou Gustavo Campanharo e Arthur Gomes e colocou Renato Kayzer e Camilo, meia que teve grande passagem pelo Verdão do Oeste entre 2014 e 2015.

Os donos da casa buscavam o empate e quase conseguiram com Everaldo. Aos 35 o artilheiro recebeu, girou e bateu de fora da área. A bola passou perto do gol de Weverton. Depois do lance, a Chape tentou alguns cruzamentos para a área palmeirense, mas sem sucesso.  

*Publicado em ogol.com.br em 02/06/2019

sábado, 25 de maio de 2019

Trio de reforços do Dortmund gera debate: Quem recruta mais atletas de rivais na Bundesliga?

Hazard, Schulz e Brandt: trio de peso chega para reforçar
o Dortmund./ Foto: Reprodução
O Borussia Dortmund mostrou ao futebol europeu e, principalmente, ao Bayern de Munique, que virá forte na próxima temporada ao anunciar um trio de reforços de peso. Julian Brandt, ex-Bayer Leverkusen, Thorgan Hazard, ex-Borussia Mönchengladbach, e Nico Schulz, ex-Hoffenheim, tiveram grande destaque em 2018/19 e assinaram com o time aurinegro ao longo da semana. Todos recrutados junto a rivais da Bundesliga, em uma prática que segue causando muita discussão.

A movimentação do Borussia Dortmund na janela do verão europeu traz à pauta um assunto constantemente debatido em mesas redonda e de bar. Nos últimos anos, torcedores e imprensa acostumaram-se a enxergar o Bayern de Munique como uma espécie de "vilão" da Bundesliga. A justificativa para tal é de que o heptacampeão alemão reforça o seu elenco com jogadores oriundos de adversários locais, e assim, os enfraquece. Dessa forma, a competição perde em equilíbrio e o caminho para as conquistas do gigante da Baviera fica mais fácil.

Mas será que o Bayern realmente é o maior responsável pelo enfraquecimento dos rivais?

Dortmund supera Bayern em investimentos caseiros na década

Para responder esse questionamento, resolvemos analisar os mercados dos principais clubes da Alemanha nos últimos 10 anos. Nesse período, o time que surgiu como o mais capaz de ameaçar a supremacia bávara foi justamente o Borussia Dortmund. Bicampeões em 2010/11 e 2011/12, os aurinegros se estabeleceram como a segunda força da Bundesliga.

Desde o verão europeu de 2009, o Borussia Dortmund investiu pouco mais de 330 milhões de euros em 37 atletas que vieram de clubes da Alemanha. Além das três últimas transferências já citadas, destacam-se nomes como Marco Reus (ex-Borussia Monchengladbach), Mats Hummels (ex-Bayern), Ilkay Gundogan (ex-Nuremberg) e Julian Weigl (ex-1860 Munique).

No mesmo período, o Bayern gastou aproximadamente 264 milhões de euros, em 27 jogadores. As mais relevantes contratações feitas no mercado local foram Manuel Neuer (ex-Schalke 04), Robert Lewandowski, Mats Hummels e Mario Gotze (ex-Borussia Dortmund) e Joshua Kimmich (ex-Stuttgart).

Schalke se destaca em número de reforços

Outras equipes que tiveram bons resultados e brigaram na parte de cima da tabela, disputaram edições de Liga dos Campeões e avançaram às fases finais da Copa da Alemanha nos últimos 10 anos foram Bayer Leverkusen e Schalke 04.

O Leverkusen começou 2018/19 mal, mas conseguiu se recuperar e arrancou para conquistar um quarto lugar, o que lhe dará direito a uma vaga na Liga dos Campeões da temporada que vem. O clube negociou Julian Brandt para o vice-campeão Borussia Dortmund e para o seu lugar trouxe Karim Demirbay, ex-Hoffenheim. O alemão, campeão da Copa das Confederações em 2017, entra numa lista de agora 35 jogadores contratados por 188 milhões de euros, onde os maiores destaques ficam por conta de Kevin Volland (ex-Hoffenheim), Jonathan Tah e Hakan Calhanoglu (ex-Hamburgo) e Lars Bender (ex-1860 Munique).

Já o Schalke 04, que fez uma péssima campanha em 2018/19, foi a equipe do quarteto que mais buscou reforços em território alemão. Durante o período analisado, foram 42 jogadores comprados e 101 milhões de euros investidos. Os destaques foram Lewis Hotlby (ex-Alemannia Aachen), Leon Goretzka (ex-Bochum), Daniel Caligiuri (ex-Wolfsburg), Ralf Fahrmann (ex-Eintracht Frankfurt) e Mark Uth (ex-Hoffenheim).

Evidente que são apenas números e a qualidade dos jogadores deve ser levada em consideração. Mas é importante percebermos que o Bayern não é o clube que mais contrata dentro da Alemanha, seja em quantidade de atletas ou de montante investido. Portanto, a fama de enfraquecer os rivais é relativa. Talvez, o argumento de que os bávaros foquem suas buscas nos principais talentos do maiores rivais seja válido, uma vez que o clube fez uma limpa no Dortmund ao longo dos anos, contratando três das principais peças do adversário direto pela Salva de Prata (Götze, Lewandowski e Hummels). 

Por outro lado, o próprio Borussia Dortmund, o Schalke 04 e o Bayer Leverkusen adotam práticas parecidas, reforçam os seus elencos com atletas de equipes consideradas menores, o que, consequentemente, pode atrapalhar seus planos de competir no topo da tabela.

*Publicado em ogol.com.br em 25/05/2019

Pela primeira vez, três estrangeiros dividem artilharia da Premier League

Trio africano domina a artilharia e divide
a Chuteira de Ouro./ Foto: Premier League
O Manchester City goleou o Brighton por 4 a 1 e confirmou o bicampeonato da Premier League. Mas a temporada 2018/19 ficará marcada também por um feito inédito. A artilharia da competição foi dividida entre três estrangeiros e todos eles africanos. O egípcio Mohamed Salah, o senegalês Sadio Mané, ambos do Liverpool e Pierre Aubameyang, do Arsenal terminaram a competição com 22 gols cada. 

Após o apito final em Anfield, a dupla do Liverpool posou para fotos segurando a chuteira de ouro. Essa foi a segunda vez que Mohamed Salah foi o artilheiro da competição. Na temporada passada, o egípcio anotou 32 gols e ganhou o prêmio de forma isolada. Outro africano que já conquistou o posto de máximo goleador do Campeonato Inglês foi Didier Drogba. O marfinense foi o líder no quesito em 2006/07 e 2009/10.

Com Harry Kane machucado (o camisa 10 do Tottenham disputou 28 das 38 rodadas e perdeu a reta final da competição) e estacionado nos 17 gols, quem chegou mais perto do trio africano foi o argentino Sergio Aguero (Manchester City), que fez 21. Outro inglês entre os maiores goleados da temporada foi Raheem Sterling, que teve temporada atípica e foi vice artilheiro do campeão, com 17 tentos. 

A Premier League, disputada desde a temporada 1992/93, já viu um trio dividir a artilharia em outras duas ocasiões e em ambas com ao menos um inglês no topo. Em 1997/98, os ingleses Dion Dublin (Coventry City), Michael Owen (Liverpool) e Chris Sutton (Blackburn Rovers) anotaram 18 gols. Na temporada seguinte, Michael Owen (Liverpool) esteve novamente entre os maiores goleadores e dividiu o posto com o holandês Jimmy Hasselbaink (Leeds) e com o trinitário Dwight Yorke (Manchester United), todos foram às redes 18 vezes também. 

*Publicado em 12/05/2019 em lance.com.br

Com muitos desfalques, Vasco aposta em jovem trio para formar a zaga

Defesa tem sido um problema. Últimos anos na elite
terminaram com saldo de gols negativo./Foto: Reprodução
O Vasco enfrenta o Santos pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro logo mais, às 16h, no Pacaembu. Com muitos desfalques, o técnico Marcos Valadares teve problemas para escalar a equipe vascaína. Sem os três experientes e principais zagueiros do elenco (Leandro Castán, Werley e Breno), a defesa será bem jovem e formada por Luiz Gustavo, (25 anos), Ricardo Graça, (22) e Miranda (19). 

Autor de um dos gols da vitória do Vasco por 2 a 1 contra o Santos, em São Januário, pela Copa do Brasil, o defensor Ricardo Graça se mostra confiante e garante que os jogadores buscarão os três pontos na capital paulista.

- Espero que o Valadares consiga se despedir com um bom jogo, uma vitória. Podem ter certeza que todo mundo vai entrar em campo empenhado para conquistar o resultado positivo e presentear não só ele, mas a torcida. 

E é justamente a defesa que tem sido o grande problema do Vasco nos últimos anos. Atualmente, a equipe tem a terceira pior do Brasileiro, com sete gols sofridos. Apenas Grêmio e Fluminense (este com quatro jogos disputados) sofreram mais: oito. 

Já nas temporadas passadas em que o Vasco esteve na elite, somente em 2012 o saldo de gols terminou positivo: +22 gols. Em 2018 e 2013, o clube terminou o ano com -5 de saldo. Em 2017 e 2015, foi um pouco melhor, -4. 

O Vasco entra em campo com Sidão; Luiz Gustavo, Ricardo Graça e Miranda; Cláudio Winck, Raul, Lucas Mineiro, Pikachu e Danilo Barcelos; Rossi e Maxi Lopez.


* Publicado em 12/05/2019 em lance.com.br

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Valadares volta ao Pacaembu para se despedir dos profissionais com vitória

Valadares perdeu a final da Copa SP, no Pacaembu, em
janeiro, para o São Paulo./ Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
O Vasco visita o Santos hoje em busca da primeira vitória no Campeonato Brasileiro. O confronto será a última partida de Marcos Valadares no comando dos profissionais antes de Vanderlei Luxemburgo assumir o elenco. E o Pacaembu, palco do confronto, não traz boas lembranças para o treinador e o Gigante da Colina. 

Além de nunca ter vencido o adversário desta tarde no estádio, foi no local que a equipe sub-20 de Valadares perdeu nos pênaltis para o São Paulo, na decisão da Copinha deste ano. Embora não tenha voltado para o Rio de Janeiro com o título, a equipe saiu do campeonato elogiada, principalmente pelo poder de reação na final e pelos talentos revelados. 

Do elenco que disputou a Copa São Paulo, quatro atletas foram aproveitados nos profissionais. O goleiro Alexander substituiu o lesionado Fernando Miguel até a chegada de Sidão. O meia Lucas Santos, hoje machucado, teve algumas oportunidades, inclusive entre os titulares. O atacante Thiago Reis começou brilhando emplacando gols em sequência, mas perdeu espaço com a volta de Maxi Lopez ao comando de ataque. O zagueiro Miranda disputou apenas uma partida, contra o Athletico, na Arena da Baixada e deve ganhar a vaga do lesionado Werley. 

Se o Vasco tem um tabu a ser quebrado no Pacaembu, por outro lado, a última vitória vascaína em São Paulo foi justamente contra o Santos. Em 2017, brigando por uma vaga na Libertadores, o Cruz-Maltino venceu por 2 a 1, na Vila Belmiro, com gols de Evander e Nenê. Ricardo Oliveira descontou. 

O provável time do Vasco para a partida das 16h deve ser Sidão; Luiz Gustavo, Ricardo Graça e Miranda; Cláudio Winck, Raul, Lucas Mineiro, Pikachu e Danilo Barcelos; Rossi e Maxi Lopez.

*Publicado em lance.com.br em 13/05/2019

Vanderlei Luxemburgo espera encerrar carreira no Vasco

Luxemburgo lançou sua marca de cachaça em evento na
capital paulista./ Foto: Divulgação Twitter
Em um evento em São Paulo para lançar sua marca de cachaça, Vanderlei Luxemburgo aproveitou para falar do seu mais novo desafio: ser o técnico do Vasco no Brasileirão. O último trabalho do experiente treinador foi no Sport, clube que o demitiu em outubro de 2017. Em entrevista à "ESPN", Luxa revelou o que o motivou a aceitar o convite.

- O Vasco. É um gigante, mas um gigante adormecido. Eu recebi o convite do Vasco e olhei a representatividade do clube no futebol brasileiro. Acredito que é a maior oportunidade da minha carreira, já perto do fim, de fazer um grande trabalho. É a possibilidade de resgatar a autoestima do torcedor e do clube.

No Rio, Luxemburgo trabalhou nos quatro grandes da capital. Como jogador, defendeu Flamengo, onde também foi treinador, e Botafogo, clube pelo qual se aposentou em 1980. No Fluminense, foi o técnico em duas ocasiões. Já no Vasco, Vanderlei espera que a segunda passagem seja a última da carreira à beira do gramado. 

- Tomara que seja o último clube da minha carreira. Se tudo sair como o planejado, se a torcida e a diretoria abraçarem, se o projeto funcionar, eu posso encerrar minha carreira do jeito que eu imaginei: 'o Luxemburgo passou por maus momentos, mas ele é um grande treinador'. Então é uma possibilidade legal para os dois lados, acredito que o Vasco também aposte em mim. 

Embora ainda não tenha comandado o primeiro treino do elenco vascaíno, Vanderlei Luxemburgo garantiu que o trabalho já começou. O técnico vai encontrar o grupo no hotel em São Paulo, antes da partida contra o Santos, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. 

- Eu já estou trabalhando. Mandei o Copertino me passar todas as informações do Vasco. Vi o jogo do Santos. Vou jantar com os jogadores, vou para a palestra. Se faltar algo, vou falar, mas quem manda é o menino Valadares. Mas quem me conhece sabe que vou dar pitaco (risos).

Santos e Vasco se enfrentam neste domingo, a partir das 16h (de Brasília), no Pacaembu. O Peixe está invicto, com duas vitórias e um empate. Já o Cruz-Maltino ainda não venceu na competição e é o lanterna, com duas derrotas e um empate.  

*Publicado em lance.com.br em 11/05/2019

terça-feira, 30 de abril de 2019

Ex-atleta do Cantusca reforça o Maricá

Lateral é um dos reforços do
Maricá. (Foto: Arquivo Pessoal
No início do mês, o Maricá apresentou a sua nova comissão técnica e 10 reforços para a disputa do Campeonato Carioca Série B2. Entre os contratados está o lateral esquerdo Rodriguinho, de 27 anos, que já possui boa bagagem no futebol, tendo atuado pelo Potyguar e Corinthians, ambos do Rio Grande do Norte e Nacional, de São Paulo, onde foi campeão da quarta divisão estadual. 
Já no Rio de Janeiro, além de São Gonçalo EC e Olaria, o jogador defendeu também o Canto do Rio, na temporada passada. O lateral relembrou a partida de volta das quartas de final, no Estádio Alzirão, em Itaboraí. O Cantusca bateu o Ceres e avançou para a semifinal com grande ajuda de Rodriguinho. 
“A minha maior lembrança é do jogo contra o Ceres. Estávamos perdendo por 1 a 0 e o professor Marquinhos Pereira me colocou. Eu fui feliz e pude dar duas assistências e saímos vitoriosos daquela partida”, contou o jogador.  
Embora não tenha conseguido o objetivo principal com o Cantusca, Rodriguinho avaliou positivamente a sua passagem pelo clube. 
“Foi uma temporada muito boa pelo Canto do Rio, desde o início com toda a comissão técnica e escolha dos atletas para o elenco. Demos o nosso melhor, chegamos invictos para o segundo jogo da semifinal e jogamos o tempo todo para ganhar, mas infelizmente não conseguimos colocar o clube onde merece estar”, afirmou. 
O Cantusca acabou derrotado pelo Mageense no jogo de volta da semifinal e não conseguiu o tão sonhado acesso. E por falar em acesso, Rodriguinho garante que esse é o objetivo do Maricá para 2019.
“O Maricá me apresentou essa oportunidade de crescimento. A meta da equipe é subir para a B1. O clube tem uma ótima estrutura e eu já vi que são profissionais muito sérios. O treinador Marcos Alexandre é focado e cobra muito dos jogadores”, concluiu. 
O Maricá estreia no Carioca Série B2 contra o Juventus, no Estádio Alzirão, em Itaboraí, no dia 26 de maio.
*Publicado em ofluminense.com.br em 28/04/2019

Volta do experiente Carli é o reforço do Botafogo para a estreia no Brasileiro

Botafogo mescla experiência e juventude no setor
defensivo (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
Vai começar o Campeonato Brasileiro para o Botafogo, a contar com um importante trunfo para o jogo de abertura, neste sábado, às 16h (de Brasília), diante do São Paulo, no Morumbi - e com transmissão em tempo real do LANCE!. Recuperado de lesão, o argentino Joel Carli volta para comandar o setor defensivo do Alvinegro. 

Durante a ausência do capitão, que não entra em campo desde o dia 13 de fevereiro, o time sofreu 16 gols em 14 jogos e acumulou eliminações no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil. Nos três jogos em que o argentino esteve em campo, o Glorioso conseguiu três vitórias: 3 a 0 contra Boavista, 1 a 0 contra Defensa y Justicia e 2 a 0 contra o Campinense. 

A experiência do defensor será fundamental ao time, já que o Botafogo conta com jovens atletas no setor defensivo. Os 32 anos de Carli, somados aos 31 do goleiro Gatito Fernandez, aos 21 do lateral esquerdo Jonathan, aos 22 do lateral direito Marcinho e aos 24 do companheiro de zaga Gabriel, fazem o clube de General Severiano ter média de 26 anos na linha defensiva, a mais baixa entre equipes que disputam a primeira divisão do Brasileirão. 

O clube que mais se aproxima é o Athletico Paranaense, com 27.2 de média com Santos (29), Jonathan (33), Thiago Heleno (30), Léo Pereira (23) e Renan Lodi (21). O líder na estatística é o Cruzeiro que com Fábio (38), Edilson (32), Egídio (32), Dedé (30) e Léo (31), tem média de 32.6.

Sem Carli a média fica ainda mais baixa, uma vez que o substituto imediato é Marcelo Benevenuto, de 23. Com o zagueiro revelado nas categorias de base em campo, o time de Eduardo Barroca tem média de 24 anos. Em entrevista coletiva, o argentino disse que sofre por não poder estar em campo junto com os companheiros. 

- Já sinto angústia quando o Botafogo perde, sem se importar de que forma. Fico com raiva de não poder ajudar meus companheiros, mas sempre tentando ajudar fora de campo. Posso orientar, mas, para mim, é um sofrimento estar fora, ainda mais quando o time perde. 

O Botafogo estreia no Brasileirão logo mais, às 16h, contra o São Paulo, no Morumbi. O time de Eduardo Barroca vai a campo com Gatito, Marcinho, Carli, Gabriel, Jonathan, Wenderson, Gustavo, João Paulo, Cícero, Rodrigo Pimpão e Erik.

* Publicado em lance.com.br em 27/04/2019

Com escassez de centroavante, Erik é esperança de gols contra o São Paulo

Em boa fase, atacante é a grande arma do Bota para a estreia
no Brasileirão. (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
Com a negociação de Kieza para o Fortaleza e a lesão de Diego Souza, o Botafogo tem apenas o jovem Igor Cássio para a posição de centroavante no elenco. Sem poder de investimento, os dirigentes seguem mapeando o mercado em busca de uma negociação viável para o atual momento de crise financeira. Se um camisa 9 é a prioridade, a solução para os gols e, consequentemente as vitórias, talvez já esteja no plantel: Erik. 

E como todo botafoguense gosta de superstição, toda vez que o atacante marcou, o alvinegro saiu de campo invicto. O jogador de 24 anos, emprestado pelo Palmeiras, já balançou as redes adversárias pelo Glorioso 12 vezes, garantindo oito vitórias e um empate. A fase goleadora começou no Brasileirão do ano passado, no Barradão, contra o Vitória. Em um jogo disputado, o Botafogo voltou de Salvador com a vitória por 4 a 3. O último tento anotado por Erik foi no Nilton Santos, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Juventude no empate em 1 a 1.

A boa fase rende o carinho da torcida nas ruas. O jogador revelou em entrevista ao site da CBF que o acolhimento dos botafoguenses surpreendeu os familiares. 

- Toda a minha família ficou encantada com a forma com que fui recebido pelos torcedores do Botafogo, e com tudo que vem acontecendo desde que cheguei. A torcida na rua me reconhece, esse carinho é especial. Quando você encontra seu lugar, sua casa, você se sente bem.

Contra o São Paulo, Erik deve atuar mais avançado, próximo ao gol. Mas apesar do bom momento vivido pelo atacante, o técnico Eduardo Barroca admitiu a necessidade de contar com um homem-gol. 

- Precisamos sim. Não dá para jogar uma Série A com somente dois jogadores da posição. Já conversei com a direção e logicamente entendemos que temos que ter um nível seletivo alto, trazer realmente alguém que agregue valor. Na minha visão, goleiro e centroavante não dá para brigar. Já conversamos internamente e isso será rapidamente resolvido. 

Barroca afirmou estar satisfeito com o desempenho do elenco nos treinamentos, mas ressaltou que continua buscando bons jogadores para reforçar a equipe. 

- Entendo que em clube grande nunca podemos estar satisfeitos com o elenco. O jogador precisa ser desafiado em três pontos. Tem que ser melhor com ele mesmo, com o cara que compete com ele na mesma posição e na competição contra o seu oponente. É uma forma que tenho de avaliar, inclusive para definir as minhas escolhas. Estou muito satisfeito com o trabalho desse grupo, mas posso abrir novas competições se achar que estamos precisando. 

Com Erik no comando de ataque, o Botafogo abre o Brasileirão 2019 contra o São Paulo, neste sábado, no Morumbi, às 16h.

* Publicado em lance.com.br em 26/04/2019

Barroca confirma titulares contra o São Paulo e quer protagonismo

Estreia do Botafogo no Brasileirão marca também a de Barroca
no profissional. (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
O técnico Eduardo Barroca confirmou o time titular do Botafogo que vai encarar o São Paulo na estreia do Campeonato Brasileiro. O Glorioso vai a campo com Gatito, Marcinho, Carli, Gabriel, Jonathan, Wenderson, Gustavo, João Paulo, Cícero, Rodrigo Pimpão e Erik. 

O novo comandante alvinegro teve dez dias de preparação, com nove sessões de treinamentos e embora reconheça a dificuldade da partida, o treinador garante que o alvinegro vai em busca dos três pontos.

- Falei aqui que o que estou cobrando deles é um jogo de protagonismo, coragem, e entendo que quando se veste essa camisa, já se tem isso embutido. Quem veste essa camisa tem que querer ganhar todos os jogos. Sabemos que é um adversário difícil fora de casa, mas o nosso objetivo é fazer um grande jogo lá para sairmos com a vitória. 

Eduardo Barroca comentou também a opção por jovens atletas. Além de Marcinho e Jonathan, que já vinham sendo titulares, o Botafogo começará o duelo com mais duas pratas da casa: Wenderson e Gustavo.

- São jogadores já integrados e que são parte do trabalho. Tive que responder sempre sobre os garotos. É importante diferenciar os jogadores que foram formados no clube e dos jogadores garotos. Não é por ser formado aqui que ele tem que ter a tatuagem de garotos para sempre. São homens, acumulam suas experiências aqui. Estão em condição de igualdade na competição com os demais e isso que trabalho aqui no dia a dia. 

O Botafogo visita o São Paulo neste sábado, no Estádio do Morumbi. A bola rola a partir das 16h. 

* Publicado em lance.com.br em 26/04/2019