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Volante faz o estilo caseiro é frequentador assíduo da Igreja/ Foto: Arquivo Pessoal |
O jovem China faz jus ao recente sucesso da base do América/MG.
Revelação da equipe, com 20 anos, já conquistou o título do Campeonato
Brasileiro sub-20, em 2011, sendo um dos destaques do time. Além disso,
ajudou na campanha da Copa São Paulo de Futebol Júnior do mesmo ano,
competição que o Coelho não ficava entre os semi-finalistas há 16 anos.
Abaixo você confere a entrevista concedida pelo jogador ao blog do Caio Fiusa.
Caio Fiusa: Qual o seu estilo de jogo? Como é o China dentro de campo?
China:
Jogo no meio de campo como um segundo volante. Minhas características
principais são marcação, saída de jogo, velocidade, passe e finalização.
Quase um Zidane (risos).
CF: Qual a sua rotina fora do campo como jogador?
China: Acordo
cedo e às vezes temos treino 9 horas da manhã. Volto para casa, almoço,
descanso um pouco, por que às 16h tem outro treino.
CF: E o que costuma fazer nas horas vagas?
China: Não
costumo frequentar boates, não gosto do ambiente. Prefiro clube e
cachoeira, por exemplo. Vou à igreja durante a semana e sábados e
domingos, mas gosto principalmente de ficar em casa.
CF: Como foi o início no futebol?
China: Jogava
no time da minha periferia e um amigo me perguntou se eu gostaria de
ser jogador. Eu não gostava muito de futebol. É até engraçado porque eu
tinha uns problemas de saúde e teria que fazer exercícios. Aí juntou o
útil ao agradável. Confesso que mais pela saúde (risos). Os anos foram
passando e eu melhorei. Quando eu vi, estava com 16 anos assinando meu
primeiro contrato profissional.
CF: Essa foi a maior dificuldade que enfrentou no futebol?
China: Não,
era uma coisa bem simples, problema de colesterol. Minha maior
dificuldade foi conciliar os treinos e viagens com os estudos. É muito
difícil também ficar longe da família, ainda mais quando se é bem novo.
CF: Qual a importância da sua família na sua carreira?
China:
Sou muito grato à minha família, principalmente ao meu irmão, que
jogava na base do América também. Ele sempre esteve comigo nos piores
momentos. Estou aonde estou e sou o que sou hoje por causa deles.
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Volante ganhou o apelido ainda na infânica/ Foto: Arquivo Pessoal |
CF: Como surgiu o apelido?
China: Eu devia ter uns 10 anos e tinha um cabelo grande na época. Aí o meu treinador começou a me chamar assim.
CF: O América/MG já esteve entre os primeiros e era forte candidato até mesmo ao título. Hoje, não está nem no G4. O que aconteceu?
China: Essa é a pergunta que não quer calar. Começamos bem e agora essa queda inesperada. Não sei o que aconteceu.
CF: Como está o grupo?
China: Bem,
todos querem mudar a situação, mas sabemos da dificuldade que é a série
B. Todos os times se prepararam bastante, assim como nós.
CF: E a torcida? O clima está tranquilo?
China: Não,
está bem pesado. A torcida cobra as vitórias, principalmente no
Independência. E eles estão certos, mas todos os jogadores, comissão
técnica e diretoria acreditam no acesso.
CF: O América/MG possui vários jogadores experientes e consagrados no elenco. Como é a sua relação com eles?
China: É
a melhor possível. O Geovane, Fabio Júnior e Gilberto passam muitas
coisas para nós. Isso é muito importante. É uma satisfação jogar ao lado
de grandes ídolos
CF: Você falou no início do Zidane. Ele é o seu ídolo?
China: É um deles, mas gosto muito do Gilberto Silva, Iniesta e Xavi.
CF: Qual o seu objetivo profissional hoje?
China: Me firmar como titular do América.
CF: E o que falta para isso acontecer?
China: Oportunidade, não só para mim, mas para os outros mais jovens.
CF: Você foi capitão da equipe no Brasileiro sub20. Como foi a experiência?
China:
É um voto de confiança do treinador que escolhe quem exerce a liderança
no grupo. Agradeço ao Milagres (técnico) pela oportunidade. Fui capitão
naquele momento porque estava há um ano no profissional. Foi uma
responsabilidade, mas graças a Deus fui honrado e pude ajudar todos e
saímos campeões.
CF: Na Copa São Paulo de Futebol Júnior, você marcou um bonito gol contra o Internacional. Foi o mais bonito da sua carreira? (Veja o gol a partir dos 0:40)
China: Na base foi o mais bonito sim, mas não foi o mais importante.
CF: Qual a principal diferença da base para o profissional?
China: A proporção que as coisas tomam. No profissional temos uma visibilidade maior.
CF: Algum recado para o torcedor?
China:
Estamos fazendo de tudo para mudar essa situação e recolocar o clube na
série A, lugar de onde não deveria ter saído. Quero agradecer pelo
carinho que eles tem por mim e por todos, e dizer que assim como eles,
nós acreditamos no acesso.
Entrevista realizada em 11/10/2012
Publicada no blog oagonizante.blogspot.com.br em 13/10/2012
Contato: fiusa.caio@gmail.com
Contato: fiusa.caio@gmail.com
Parabéns por seu blog.
ResponderExcluirBeijos!
Tia Tânia